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domingo, 9 de abril de 2017

Back to Business!

Não morri, nada disso simplesmente a vida por vezes dá-nos a volta, e nós somente temos de acompanhar o ritmo e não discutir muito. 
Há coisas que conseguimos simplesmente acompanhar e esperar pelo momento certo para mudar o que tem de ser mudado.
Portanto a semana passada para mim, foi algo assim, a vida achou que me devia trocar as voltas e apesar de triste apenas pude aceitar e continuar os dias. Ah e trabalho! Cheia de trabalho, até aos olhos mas como em tudo na vida, quando mandam parar, até o trabalho que era muito, tem de esperar...

Consequentemente o blog ficou em stand by, até conseguir digerir e voltar aqui. Gosto disto mas quando não ando lá muito bem, o blog espera mim.
Gosto de publicar as minhas futilidades, os meus gostos mas quando eles estão a funcionar, de vez em quando tenho os momentos de pausa.
Domingo é sempre um bom dia para para voltar ao estaminé e voltar ao normal por cá.
Há umas semanas mostrei este casaco no Insta e ainda não o tinha mostrado aqui, mas tenho andado com eles nestes dias mais quentinhos.
Quando vi o casaco no site só me lembrei do filme "A Bela e o Monstro", pois adorei os casacos do Gaston. Esqueçam lá o vestido da Bela, os casacos do Gaston são um máximo.
Eu estava com dúvidas que fosse muito quente mas nada disso. É bem fininho e aquele efeito blusa por dentro dá-lhe um toque especial. Eu gostei!

Casaco



quarta-feira, 1 de março de 2017

Está engasgada na minha garganta a estúpida...


Está uma pessoa na sua vida de sempre, de fulana do proletariado, no seu dia-a-dia cheio de rotinas saudáveis à mente (que o corpo já não tem salvação), quando numa desejada Sexta-feira ao almoço algo acontece...
Anos e anos a comer peixe de todos as formas e feitios, e nunca me tinha acontecido ficar com uma espinha espetada na goela. Uma ou outra vez, elas picam as entranhas mas vão sempre parar ao devido sítio mas esta decidiu que haveria de se armar em esperta. 
Sav Maria, com mais de 35 anos de experiência a comer peixe, não quis acreditar que ela não fosse sair deste belo esófago, ignorei-a! 
Comi pão, broa, bebi Coca-Cola, sumo de limão e estive quase a comer o esfregão da loiça se preciso fosse para a tirar dali e não me obrigar ir ao hospital. Só a ideia de abrir a goela para alguém de pinça tirar uma espinha da garganta, fazia-me tremer. 
Aliás, nos meus piores pesadelos pensei na tortura da Idade Média, algo que não me pareceu muito distante daquele cenário. Um fim-de-semana em negação, não picava sempre (o tamanho da bicha deve ser pequeno) tentei ao máximo ignorar e acreditar no poder de absorção do meu corpo. 
Pois enganei-me... Segunda-feira, não aguentava as dores na garganta. Rendi-me à humilde condição de uma fraca que tem de ceder a uma espinha de peixe e fui às urgências. Só pensava: vou vomitar aquilo tudo, vai ser uma vergonha... 
Sentei-me na cadeira da tortura e a médica põe na cabeça uma coisa similar a um capacete de mineiro com uma luz apontada a mim... só pensei: isto não vai correr bem! 
O resto acho que a vossa imaginação pode dispensar as minhas palavras. Mas dou dicas com palavras que pode ajudar a imaginação: língua, espátula, vómitos... Só pensei: vou parir uma espinha... 
Depois deste cenário “horribilis”, tenho a vos dizer que a médica não viu a espinha. Aquilo estava inflamado o suficiente para que a "cabra" se tenha entrincheirado nas minhas goelas, tal militar camuflado. Eu mereço...
Vim com antibiótico (tamanho XXL que se não morro com a espinha, morro a engolir aquelas balas) e recomendação para que se dentro de dias ela não desaparecer vou ter de lá ir a uma "second round". E não é que ainda anda aqui a "bitch"? 
Não a sinto sempre, tem posições que sim, o que me faz pensar que é mesmo pequena a peça do animal que engoli... mas certamente que o peixe usava uma prótese... exactamente a parte que deve ter ficado na minha goela para que ainda não tivesse sido absorvida pelo meu corpo. Eu mereço... 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Envelhecer é um Luxo



Aos vinte anos não olhava para a vida como olho para ela agora aos 30 e muitos. A minha noção de felicidade era tão diferente e nem sequer pensava na questão saúde. Acho que nunca pensei muito nesse assunto, se viveria muito ou pouco ou se os meus estariam bem de saúde. Nunca pensei pois sei que nunca precisei, sou uma felizarda pois sempre tive a benção dos meus (e eu) terem sempre saúde mas aos vinte, não sabia disso... não valorizava isso como o faço agora...
Quando digo que devemos viver dia a dia, fazer o que temos de fazer agora e não lá para o futuro, não são teorias de terapia para a felicidade. De facto, isto é simplesmente encarar a vida como uma prenda e cada dia que passamos nela é uma benção. 
Detesto a palavra cancro e tudo aquilo que ela representa e apesar de não gostar de pensar nela, infelizmente cada vez vejo mais pessoas jovens sofrem desta doença. Há esperança, claro que sim mas também há muitos insucessos, muitas perdas de pessoas que deveriam ver os filhos a crescer e ter a oportunidade de envelhecer. 
Envelhecer, hoje em dia, é um Luxo. Conseguir chegar à velhice e ver os filhos a se reproduzirem e criar os netos. Não consigo neste momento imaginar maior sorte que esta nos dias que correm... envelhecer! 
Não sei se vou viver o suficiente para lá chegar, para ver o que será do mundo daqui a 30 ou 40 anos mas sei que quando cá estiver tenho de viver a 1.000. 
Tenho de abraçar muito os meus e agradecer todos os dias pela oportunidade que tiveram de envelhecer e de me terem deixado dar alegria de terem uma neta para abraçarem e os fazerem babar todos os dias.
Não deixem para amanhã, o que podem fazer hoje. Esta frase nunca fez tanto sentido para mim. 



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Human


Na semana passada descobri estes filmes/videos da Fundação Bettencourt Schueller que apresenta um projecto da Fundação Good Planet. 
Partilhei uns videos no Facebook pois desde logo me identifiquei tanto com o que lá foi produzido. 
Infelizmente, quando se trata da realidade as pessoas não estão tão abertas a expressar-se de forma pública. Uma pena de facto, pois o facebook não devia ser só para partilhar parvoíces ou videos que não activam a actividade cerebral. 
É claro que também gosto me rir, já temos muitos momentos para chorar mas não podemos viver toda a vida na nossa bolha de ar. As coisas não acontecem só aos outros, acreditem! One day we are here (top) in the other we are there (down)...

"O que nos torna humanos? Será por que amamos, por que brigamos? Por que rimos? Choramos? Nossa curiosidade? A busca pela descoberta?  Motivado por estas questões, o cineasta e artista Yann Arthus-Bertrand passou três anos coletando histórias da vida real de 2.000 mulheres e homens em 60 países. Trabalhando com uma equipe dedicada de tradutores, jornalistas e câmeras, Yann captura profundamente relatos pessoais e emocionais de tópicos que unem a todos nós; lutas contra a pobreza, a guerra, a homofobia e o futuro de nosso planeta, combinados com momentos de amor e alegria."

Vi este vídeo e as palavras encaixam quem nem puzzles. Explicar a pobreza com uma analogia com os bonsais é excelente. É assim que começa a entrevista a Muhammad, um visionário, sem dúvida. 
"As pessoas pobres são bonsais, não tem nada de errado com a semente delas. Elas poderiam crescer muito em qualquer lugar mas foi plantada num jarro. A sociedade nunca lhes deu espaço para crescerem como qualquer outro humano. A pobreza são pessoas-bonsai."
Existem vários depoimentos (e alguns que me fizeram chorar de tanto que me tocaram cá dentro) e um filme que os junta a todos e no fundo explica que nós somos todos feitos da mesma matéria. Infelizmente somos egoístas e xenófobos e outras tantas coisas que nos incentivam a olhar sempre para o outro como ele sendo diferente. Separamos, raças, sexos, opções sexuais e introduzimos o capitalismo voraz para nos diferenciar ainda mais...
Não percam, vejam! 




"Apelidado de o banqueiro dos pobres, Muhammad Yunus inventou o microcrédito, o que lhe rendeu o prêmio Nobel da Paz em 2006. Ele sonha com um mundo sem pobreza, um mundo onde ela apenas existirá exposta nos museus."

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Relembrar como tudo começou...



Dizem que o hoje é o dia Mundial do Beijo e a propósito disto, ontem vi o meu primeiro namorado.
Festas de aniversário de crianças hoje em dia e na nossa idade são bastante perigosas. Às páginas tantas as nossas crianças estão a conviver com os rebentos dos nossos ex. ou a frequentar a mesma escola. Não deixa de ser bizarro. Claro que nada de dramático pois passado todos nós temos e logo que tivesse sido uma relação normal da natureza, nada a esconder. 
Bem vinda ao submundo das festas de aniversário de crianças Sav Maria! 

Não está muito diferente e sempre achei que ele seria um Homem de familia, continua com um ar sereno. Há 21 anos atrás eu já entendia umas coisas. Claro que depois o percurso amoroso (o meu) nem sempre primou por ser do mais inteligente e perspicaz da vida mas deu para aprender umas coisas. Vocês leram bem? 21 anos atrás? Quase me dava uma coisa fofa ao comentar isto com o "macho lá de casa". Isto de olhar para trás e contar os anos que já se passaram de certos acontecimentos na nossa juventude é coisa para me pôr doente. 
Será que posso dizer que eram outros tempos? Ou se calhar era eu que era uma adolescente romântica que ainda hoje me lembro dele. Lembro-me do tempo da conquista ele me levar a pé a meio caminho da escola-casa e me dar o seu blusão Levi´s para eu levar para casa pois estava frio. Isto ainda existe nos miúdos de 16 anos? Isso não sei mas sei que nunca mais me esqueci desta passagem. 
Como e porque acabou já não lembro mas sei que foi com ele que dei o meu primeiro beijo ♥ e que o meu coração saltitou aqui na cavidade toráxica há 21 anos atrás (ai!)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

You don't know when you'll see someone for the last Time


A nossa rotina diária já é feita de olhos fechados se necessário, os rituais são os mesmos, os mesmos movimentos e os mesmos caminhos todas as manhãs. Nada já é novidade, e queixamo-nos que isto ou aquilo, que temos sono, que queriamos estar ali e não aqui. Cada dia é só mais um dia.
E de repente a manhã fica clara e acordamos para mais um dia e a rotina do levantar, pequeno-almoço e o beijo apressado de "até logo". Vamos preocupados com as horas, com a rabugice matinal e a pensar no trabalho que nos espera. O mesmo caminho de sempre mas desta vez, entramos numa cena de um filme policial. Um carro em sentido contrário em direcção a nós, e nossa vida passa diante dos nossos olhos em segundos. Álcool muito álcool naquele sangue, e quase ceifava uma vida que simplesmente cumpria a sua rotina matinal. 
Nem sempre acreditamos em milagres mas depois a vida vai nos dando um aqui e outro ali. E só de pensar que escapei por este milagre e poderei continuar a minha vidinha, a minha rotina, respirar e apanhar com estes raios de sol maravilhosos, respiro de alivio. E tentarei melhorar a cada dia, e tentar transformar a minha rotina em algo melhor, todos os dias. 
Acordar, abraçar os meus, apreciar o pequeno almoço a ver o nascer do sol ou os barcos a navegar no mar, é sem dúvida uma óptima maneira de começar o meu dia. 
Não devemos tomar as coisas como certas, nem as pessoas e muito menos a vida. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Just the way it is...

 
 
 
As escolhas sempre certeiras da minha querida Sofia:
 
«Muitas vezes, conhecemos as pessoas certas nas alturas erradas. Faz sentido. A vida quase nunca é como gostávamos que fosse.
 
Por um lado é pena, mas, por outro, é também nos impossíveis que se cresce e amadurece. Afinam-se os critérios, apura-se uma ou outra virtude e treina-se a liberdade interior.
 
O desapego é um exercício difícil mas não é impossível, e, quando menos se espera, acontecem verdadeiras surpresas e as pessoas revelam-se no seu melhor. E é isso que devolve a paz, e dá forças e inspiração para ir mais longe. Por mais paradoxal que pareça, certos impossíveis enchem-nos de certezas felizes.»
 
coisas da vida | laurinda alves
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Viver, só viver ♥



Gosto de viver a vida, cada vez menos faço juízos de valor e aponto o dedo aos outros. Somos humanos e cheios de fraquezas e eu não sou excepção.
A vida dá voltas e mais voltas e este mundo é uma ervilha. Faz-me cada vez mais confusão as pessoas que passam a vida a criticar e apontar o dedo aos outros, aquele criticar cheio de inveja e cheio de falsos moralismos. Encolho os ombros... essas vidas não podem ser perfeitas ou imaculadas pois de outra maneira não fariam isto com a vida dos outros.
 
Gosto das 24h do meu dia e tento aproveita-lo ao máximo. Gosto de me deitar no tapete e fazer com eles o jogo da memória da Doutora Brinquedos. Gosto do riso dela enquanto rebola no chão abraçada ao pai. Gosto das minhas amigas, dos almoços e jantares que fazemos só para nós, das gargalhadas e histórias que partilhamos juntas. De saber que são felizes. Da minha família que me completa com a sua confusão e imperfeições. Das minhas irmãs que são o meu pilar quando eu mais preciso na vida.
De assistir a um bom concerto, de vibrar com as músicas e mostrar o quanto eu gosto do trabalho desse artista. Adoro ver o artista está lá, e está a dar tudo para quem o está assistir (Obrigada Seu Jorge). Dançar com as minhas músicas favoritas. Gosto de planear as nossas férias, de descobrir cada canto desse mundo e absorver o mundo através destes dois olhos meus ♥ de coleccionar experiências de vida. Gosto de ficar feliz com as vitórias dos outros, sinceramente. Gosto daquele meu caminho torto que é só meu mas que me faz/fez acelerar o coração como uma adolescente.
 
Por vezes é preciso olhar para nós, para a nossa vida e ver que temos tanto com o que nos preocupar e agradecer que não vale mesmo a pena andar a perder tempo com a vida dos outros. Façam lá a experiencia de repetir para vocês tudo de bom que temos na nossa vida. Garanto que o sorriso será espontâneo e sincero. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Falemos da Vida

Não quero me tornar repetitiva pois já escrevi algo por aqui que queria dizer quase o mesmo mas tenho de reforçar: é f* crescer!
Quanto mais os anos passam mais responsabilidades e dualidades da vida vão aparecendo pela frente. É um processo constante de aprendizagem e conhecimento... nosso, dos outros e do mundo. Claro que uns são forçados a crescer mais rapidamente que os outros, mas a verdade é que chega sempre a nossa altura, de uma maneira ou de outra.
Primeiro vem a puberdade, com as hormonas todas parvas que nos faz turvar a visão e achar que estamos dentro de um filme de terror em que o mundo está contra nós. Surge o tal Amor que nos avassala o coração e confunde a mente (o que continua pela vida).  Poucos anos passam e aparecem as primeiras responsabilidades, o querer viver a vida como se fosse o ultimo dia e uma sensação que o mundo é nosso. A liberdade!!
Definimos a vida (ou a vida nos define) e começamos a pensar no futuro, no que queremos construir e partilhar com alguém (se esse for o caso). Vem o emprego, as responsabilidades, a ambição! O querer mais, e um plano minimamente delineado. Olhamos para a vida com outros olhos, e o mundo já não é nosso, é preciso conquista-lo com muito mais que apenas a nossa mente. Multiplicamos o Amor que um dia dividimos com alguém e aí nasce um novo mundo.
Crescemos mais do que alguma vez pensamos crescer em tão pouco tempo. O coração passa a bater fora do peito e nunca mais conseguimos pensar em nós como individuais. O nosso bem estar depende de um amor multiplicado. E não há manuais que ensinem o que se vai passar, como reagir ou pensar (como em tudo na vida). Simplesmente aprendemos.
E depois temos a cabeça para pôr no lugar quando ela teima em não pensar com discernimento e um coração que nem sempre tem razão.
Gosto de acreditar que ainda estou a meio do caminho da minha vida e que tenho muito mais para descobrir e aprender com a vida. E ensinar o coração a bater ao ritmo certo e não com arritmias, que isto da adrenalina é muito boa mas já não tenho idade para este ritmo.
Claro que isto não é preto no branco e que cada vida é uma vida mas sejam quais as escolhas que façamos é preciso aprender a lidar com as consequências, com o resultado daquilo que o destino nos reserva ou do que fazemos com esse tal destino.  
Como diz o mestre (Gabriel, O Pensador):
"Confie em mim que no fim dá
Tudo certo
 (...)
 Se ainda não deu certo é porque ainda não chegou no fim"
(...)
Gosto do que é bom e o que é bom não enjoa
Curto a minha vida que ela é curta mas boa
Não tem carne eu como peixe
Não tem mate eu bebo água
Não tem festa, a gente faz a festa de duas pessoas
Eu e você, você e eu, chega mais perto
Por que cê ta tão longe
Não esconde esse sorriso assim
Confie em mim
Que no fim dá tudo certo
Se ainda não deu certo é porque ainda não chegou no fim!"

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O peso da Vida



As pessoas levam a vida demasiadamente a sério! 
Faço esta constatação  quando dou uma vista de olhos por essa blogosfera fora. Já nem me refiro aos queridos anónimos que esses são uma espécie em constante estudo, dada a raridade do fenómeno. Falo mesmo de pessoas normais que ao verem esta ou frase, não conseguem relativizar, interpretar o que se diz com leveza ou ver que pode ser um desabafo, uma frase solta.
O desemprego existe, a crise está à porta de todos nós mas não é por isso que vamos deixar de gracejar, de sorrir... estamos vivos. E não é por nos queixarmos do peso de sacos de compras que estamos a ignorar quem não os pode comprar. Nada disso!
Tenho a noção que a vida não está fácil, que o dia a dia é cada vez mais absorvente e a conjuntura cada vez mais pesada mas estamos vivos. 

Para mim, isto é o ponto de partida. Acordar todos os dias e ver a luz lá fora, encher os pulmões de ar e pensar que estou viva. 
Sim é verdade que sou uma sortuda pois tenho uma vida cheia e rodeada de pessoas que amo do fundo do coração mas também é verdade que tenho tantos ou mais problemas como todas as outras pessoas. A vida ensinou-me (e continua a ensinar-me) que acima de tudo está a saúde. Que o tempo que passei (espero que se mantenha no passado) com a Sabrininhas no hospital foi óptimo para ver que 98,9% das vezes não devemos nos queixar. Que os nossos problemas são reduzidos a grãos quando vemos pais e filhos arrasados por verdadeiros problemas de saúde.

Por vezes deixamo-nos levar pelo peso da vida e esquecemo-nos daquilo que é mais importante, amor e saúde! Claro que todos queremos uma vida melhor e eu quero tanto mas já fico tão contente, que eu e quem me rodeia tenham saúde (muita)!! 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Gritar para libertar!



A vida é parva! As linhas rectas existem somente na geometria e apesar de desejar uma vida em linha recta, ela não existe mesmo...
Fazemos planos para daqui a 5 anos, ou mesmo para amanhã e nada nos garante que tudo vai sair como planeamos há tempos atrás. Cada vez projecto a vida a curto prazo, vivo o dia de hoje e deixo que o amanhã aconteça naturalmente. A vida continua a ensinar-me constantemente que a única certeza que temos neste mundo é a morte. E essa queremos que aconteça longe e quando o reumatismo já não permitir movimentos e os músculos atrofiarem de maneira a nunca mais sorrir.

Por agora, a expectativa que tudo terminaria neste mês de Setembro, foi mesmo isso, uma simples expectativa. A vida deu-nos a volta e achou que não deveria ser tão linear como estávamos a desejar há meses. 
Não vou dizer que não me revoltei ou que achei injusto mas logo a seguir consegui ter o discernimento de pensar que a vida já me deu mais do que eu algum dia imaginei conseguir nestes 35 anos.
E acima de tudo, que nada é incontornável e que de uma maneira ou outra a luz está lá, ao fundo do túnel. Vai demorar tempo, isso vai, e sei que não será a linha recta que gostaria que fosse a vida mas será a minha vida, a nossa vida. Nem que tenha de mover planetas mas tudo vai voltar ao sitio onde tudo pertence na minha existência. Baby Steps! I´ll get there!

Quero agradecer a todos que me enviaram mensagens e que de alguma forma deixaram o seu carinho. Sim, é nestas alturas que sabemos quem se preocupa. Tentei responder a todos mas se de alguma maneira não o fiz, peço desculpa, pois os dias foram assim para o purpura. 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Força de Viver



Não me lembro em que ano vi uma reportagem que passou no telejornal sobre uma rapariga que tinha sido queimada na face com ácido pelo namorado. 
Sei que já foi há uns valentes anos mas foi um testemunho que me marcou pois nunca mais esqueci a vontade de viver que essa rapariga demonstrou naqueles minutos de reportagem. 
Lembro-me perfeitamente de ela dizer que adorava conduzir e ao som desta música. Não aprecio particularmente a música (é mais uma) mas desde essa reportagem tomou um significado diferente.
Sempre que a ouço no rádio lembro-me dela, dessa rapariga que nunca vi e que não sei o nome mas sei que foi brutalmente agredida por um namorado que não tinha o direito de lhe fazer o que fez e sujeita-la a um sofrimento sem fim. 

Que raio de Amor dizem estas pessoas sentir? Amor que faz maltratar o outro? Isto não é Amor, nunca! Não consigo definir isto mas sei que não é Amor. Ninguém tem direito de tirar a vida a outro ou provocar tanto sofrimento. E se assim é, isso não é Amor é uma doença com toda a certeza.

Mas da rapariga retive a enorme vontade de viver o após daquele pesadelo, de agarrar a vida com toda a força e fazer com que valha a pena tudo o que aprendeu. 
Não sei como está, se mudou, se caiu mas sei que esta música me fará sempre lembrar aquela força de viver.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A força está cá dentro ♥


Detesto pessoas que andam sempre a queixar-se da Vida. Passam o tempo a encontrar motivos para se chatear ou chatear os outros. Que no fundo desperdiçam as suas vidas em coisas parvas e em lamúrias. E neste grupo refiro-me igualmente aos espécimes que na realidade não têm problemas reais. Queixam-se porque faz parte do seu dia a dia. Irritam-me.

Quando passamos algum tempo em lugares como um Hospital, aprendemos a relativizar os nossos problemas e a ver sempre o outro lado. Pessoas que por mais problemas que tenham (sim! falta de saúde é que é O problema),  conseguem sempre ter uma palavra de conforto ou uma força admirável. Aprendemos apreciar cada momento e a entender que esta vida não é mais que uma passagem e de facto passa-la a lamuriar-se não é solução. 

Por isso cada dia de sol e um céu imenso azul, lá em cima, é sempre motivo para um sorriso rasgado no rosto. As contrariedades da vida tornam-nos mais fortes.
Aprendi a olhar para a vida com uns olhos de gratidão, pelo que tenho e por aquilo que sempre consegui fazer desta minha vida. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A vida nem sempre é justa























Ainda ontem falava com a Artzinha e ela contava-me uma história de uma mãe de duas crianças (uma delas bebé) que faleceu. Uma dor de cabeça e uma morte que chocou todos que a conheciam e mesmo aqueles que não... como eu. Uma vida "ceifada", uma jovem "arrancada" da sua família e da sua existência.

Não é justo... não consigo achar justiça nesta vontade divina (ou sei lá quem decide isto). Sei que se houvesse essa tal justiça divina, não seria esta mãe a deixar a vida tão cedo. Isto de certeza começaria por muita gente que eu conheço e outras tantas que felizmente não conhecendo, sei que habitam este planeta. 
Porque é que a vida não é simples? Não seria mais fácil: Nascer, crescer e construir uma vida; envelhecendo com a oportunidade de ver os nossos filhos crescer e multiplicar-se?!... Pais não deveriam morrer e filhos muito menos (cedo demais)... 
A vida já é tão complexa com tudo o que temos de lidar. As preocupações com as invenções dos Homem já chegavam para ocupar a nossa quota.

Assusta-me esta incerteza da vida, este baralhar de cartas quando estaria tudo encaminhado... saber que não conseguimos controlar isto.
Não podemos viver com esta nuvem negra em cima de nós mas faz bem pensar que não somos NADA. Que não somos nós a decidir... principalmente quando achamos que somos melhor que todos os que nos rodeiam.
Ninguém está acima disto. Vamos todos para o mesmo sitio.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A ausência de Vida


Ontem vi o documentário mais perturbador de sempre, em anos de existência nunca me lembro de ver um que me tivesse tocado tanto como este de ontem.

O Documentário era sobre o direito de um individuo acabar com a vida que ficou aprisionada dentro de um corpo atrofiado. Não vou falar se é correcto ou não, se ele decidiu da melhor maneira ou se é moralmente ou socialmente condenável. Vou falar de como a vida pode de repente mudar, de como não somos Nada neste universo.

Aquele Homem depois de meses de uma doença galopante que o paralisou totalmente em 6 meses, que somente sobrevivia ligado a um ventilador, decidiu que não queria morrer completamente sozinho no seu corpo. 
Sozinho pois mais um mês ou dois iria deixar de falar e deglutir... dizia que a maioria da informação dizia que este tipo de pacientes tinham uma morte pacifica. Ele questionava-se como é que um paciente que não se mexia que não expressava o que estava a sentir conseguia transmitir calma e ausência de dor. Queria morrer agora que ainda conseguia decidir por si, que não queria ser Deus mas que queria que a sua morte fosse digna.
Foram para a Suíça e efectuaram o suicídio assistido.

Filmaram tudo, até ao momento após morrer, até ao momento que adormeceu para sempre. Não consegui controlar o choro, tive de sair da sala para que a Sabrininhas não me visse a chorar por uma tristeza que não lhe conseguia explicar.
Ele dizia que tinha sido feliz, muito feliz mas que era altura de dizer que não queria sobreviver preso num corpo que o iria matar. Nunca vou esquecer as últimas palavras em que dizia: "não morremos enquanto alguém souber o nosso nome."

Não vou fazer juízos de valor, não vou fazer teorias de como deve ser a vida ou a morte pois não sei o que é estar aprisionado num corpo que em 6 meses deixou de funcionar e que num ano nos vai matar. 
Não tenho a ousadia de julgar, não consigo discordar ou concordar, só consigo sentir uma vontade de voraz de viver esta vida que me foi concedida, aproveitar este privilégio que tenho de viver esta minha vida.
Não somos nada, somos esta existência que nos ofereceram e tantas vezes a atiramos pela janela fora com coisas se interesse... 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma outra vida!

Nós, seres humanos pensantes e complexos, temos a mania de em alguma altura da nossa vida achar que nos falta isto e aquilo e que o vizinho é que tem a vida perfeita! Como diria a minha mãe: a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha!
Somos seres feitos de insatisfação que ataca mais ou menos conforme a altura do mês em que estamos no momento...
Este assunto é algo que ao longo destes anos me tem vindo a fazer pensar, o porquê de acharmos que este ou aquele é mais feliz ou mais completo que nós?! Quando muitas vezes esse mesmo olha para nós e pensa o mesmo... nunca na vida conseguimos obter tudo e mesmo que se atinja esse "tudo" nunca será suficiente para acalmar essa insatisfação!

Com o tempo fui aprendendo a refrear esta insatisfação que tinha quando era mais jovem e apreciar cada vez mais aquilo que a minha vida me tem oferecido (e que é tão bom e tanto)!
A vantagem de amadurecer é mesmo esta, pensar mais com a cabeça e juntar esta ao coração, ficamos mais pacientes e entendemos a nossa vida como um todo.
Isto para dizer que ao longo dos anos fui aprendendo a dar mais valor a cada pedacinho da minha vida, cada momento que passo com quem mais amo e cada dádiva que me é concedida!
Podemos olhar para este e aquele e desejar isto ou aquilo mas sempre com a consciência que ninguém tem tudo nesta vida mas podemos nos sentir plenos com aquilo que possuímos... e é mesmo assim que me sinto, plena em tudo aquilo que tenho!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Isto não é normal...

Eu às vezes nem acredito no que as pessoas são capazes de fazer ...ainda falava disto com uma amiga!
Para mim é surreal, uma mulher casar com um Homem simplesmente para ter um bebé e depois achar que ele é propriedade exclusiva dela! Há coisas que me transcendem.
Como as pessoas conseguem ser tão egoístas ao ponto de nem sequer pensar no bebé? Quando se tem tudo para ser feliz e começasse a ligar o complicómetro e vira-se a vida do aveso!
Não há maus tratos, não há abandono... talvez haveria demasiado mimo e paciência por parte dele...
A sério, neste casos achava mesmo melhor recorrerem a um banco de esperma! Seria mais justo, para todos!
Fico parva para a vida!