Eu gostava mesmo de saber onde se encontra um manual para conseguir lidar com os sentimentos... e um capitulo especifico para "lidar com os sentimentos quando somos mães".
Isto é tão complicado. Como será que conseguimos lidar com a perda e saber gerir esses sentimentos em frente à nossa criança? Bem, para mim está a ser mesmo penoso.
Eu sou daquelas que para aliviar o que vai cá dentro tenho de chorar e chorar até que me sinta preparada de novo para levantar a cabeça. A verdade é que não posso fazê-lo pois não quero que ela associe a morte a tanta tristeza junta mas... no fundo é isto, é tristeza e eu não consigo lidar com a tristeza de outra maneira e sei que deveria...
Para completar o cenário de tristeza o meu cão acabou de falecer... não que seja a maior novidade do mundo pois ele já estava velhinho e doente mas foi ele que nos acompanhou durante 12 anos e isto é uma vida. E como se explica isto a uma criança sem chorar? Ou que a bisavó faleceu? Pois, tarefa árdua...
Dou voltas à minha cabeça para tentar perceber como fazê-lo sem me desfazer num pranto... é nestas alturas que tenho a certeza que não cresci o suficiente. É nestas alturas que olho para a minha mãe e vejo o pilar que gostaria de ser para a minha filha. A verdade é que ainda não consigo lidar e gerir bem estes sentimentos. Sei que vou aprender ou terei mesmo de aprender mas que me vai custar horrores, eu sei que vai...
Muita força! Um beijo enorme*
ResponderEliminarVim aqui dar por mero acaso mas li isto e fiquei com vontade de dizer o seguinte: chorar, sofrer, é uma reacção natural à perda. Não somos menos fortes nem menos crescidos por chorarmos. Gerir as emoções não é sinónimo de as bloquearmos...como disse, e bem, chorar é muitas vezes a forma de 'deixarmos ir a tristeza' e alivia a tensão...Em relação aos filhos, não é prejudicial que associem a morte a tristeza, pelo contrário, porque faz parte...é bom sentirem que não faz mal chorarem, exteriorizarem o que sentem e que isso não quer dizer que o mundo vai acabar. Choramos, mas não nos desfazemos. Enquanto adultos, também é importante mostrarmos isso, que continuamos a ser um porto seguro, independentemente das nossas fragilidades, que fazem parte do ser humano.
ResponderEliminarNão acho que seja uma questão de não teres crescido o suficiente. Há sentimentos tão fortes que nos abalam quer tenhamos 5 como 25, ou 55. Por mim falo: acho que quando um dos meus animais de estimação morrer quando tiver 50 anos vou chorar tanto ou mais como chorei aos 20...
ResponderEliminarSavzinha... não conseguir esconder os sentimentos não quer dizer que não se cresceu... somos humanos e cada um lida à sua maneira com a dor, com a perda. Mesmo que chores em frente à Sabrininhas nestes dias, de certeza que as recordações que ela ficará são as coisas boas que viveu com a bi e que tu lhe vais sempre falar... Beijinhos a todos xx
ResponderEliminarForça! E tu já és o pilar dela. As mães não têm de ser sempre fortes, toda a gente prefere uma mãe humana.
ResponderEliminarBeijinhos*
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lamento :\ e espero sinceramente que consigas essa força interior porque realmente os pequeninos se nos veem chorar ficam aflitos e não sabem o que nos fazer ... beijinho e muita força
ResponderEliminarE como se diz a um filho que o pai (sem ter ainda 50 anos) acabou de falecer? E que nos faz tanta falta...A vida nem sempre é justa connosco e com os nossos filhos...
ResponderEliminarEm 6 anos de tentativas ainda não o consigo fazer.
ResponderEliminarQuando foi altura de explicar a morte do bisavô dele, foi ele a parar-me o choro e a pedir-me para não ficar triste pois ele tinha ido para o céu (sem eu nunca ter falado nisso...)
Nós podemos não saber lidar com todos os sentimentos, mas eles, mesmo sem saberem muita coisa, às vezes sabem o que nos falta. E às vezes conforta tanto!
Eu nem imagino.... eu confesso que não estou de todo preparada para essas situações. Sinto-me sempre uma criança de 5 anos e só me apetece correr para o colo da minha mãe!
ResponderEliminarforça! beijinho especial!
é muito complicado, mas lembra-te que as crianças ultrapassam as coisas melhor que os adultos! Não podes escondê-la da morte, da perda. Fala com ela de um modo claro
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