quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Só quem está no convento, sabe o que lá vai dentro
Não sou, nem de perto nem de longe, uma mãe intolerante. Quer seja com a minha como com os filhos dos outros. Crianças são crianças. Ninguém espera que uma criança se comporte como um adulto ou um adulto como um idoso, certo?
A questão da educação é outra coisa. Existe aquela linha ténue entre ser criança e os pais não estarem para se chatear ao vê-los fazer asneiras e isso é bem outra coisa. Dar a educação dá bem mais trabalho que fazer de conta que aquela criança que está a destruir tudo lhes pertence, adiante!
A minha criança, é calma mas existe algo que a tira dos trilhos, fruto de um ano de trauma de internamentos e afins. Hospitais, médicos, batas brancas e tudo que se assemelhe a este ambiente. Compreensível, ela é criança e tem dois anos. Abre um berreiro sempre que se entra num consultório e vê algo que se assemelha a um profissional de saúde. Que querem que eu faça? Nada! É trauma, ponto final.
Ontem num dito consultório de especialidade estavam lá 3 médicos, assustador o bastante para ela que esteve internada no dia anterior. Compreensível. Chorava e lamuriava no meu colo, apesar de eu a tentar acalmar sem resultado.
Do alto da sua insensibilidade idosa, aquele médico que lá se encontrava, repetia vezes sem conta "Deixa a tua mãe falar","Cala-te que a tua mãe está a falar", escusado será dizer que cada vez que ele falava, ela mais nervosa ficava e agitada.
Eu com uma vontade atroz de lhe responder torto e perguntar se ele realmente costuma trabalhar com crianças. Não lhe dirigi a palavra pois não era com ele que estava a falar e porque a minha educação é claramente superior à deste senhor.
A maneira fria como falou para ela, como se de um adulto se tratasse, foi do mais insensível e parvo. Não estávamos num ambiente "friendly", não nos conhecia de lado nenhum. No minimo: Shut the F*Up".
Maus profissionais existem em todos os lados mas profissionais que escolhem trabalhar com crianças e definitivamente não sabem/não gostam lidar com elas, é estúpido.
Isto para dizer que não devemos avaliar o comportamento das crianças por um momento. Poderemos não saber o que se passa, porque está a reagir daquela forma. Teorias fantásticas e opiniões de treinadores de bancada todos temos mas são mesmo isso: só teorias.
6 comentários:
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Sou contra as birras em público e pais preguiçosos, mas uma criança assustada é outra coisa. Há médicos que só deviam trabalhar em investigação, não têm um pingo de sensibilidade. Que bruto!
ResponderEliminarÉ verdade. É mais fácil criticar do que imaginarmo-nos na pele da outra pessoa.
ResponderEliminarEu não suporto birras parvas. Mas acho que se consegue perceber a diferença entre uma birra e uma situação que deixa uma criança com medo. E concordo, como é possível um profissional de saúde trabalhar com crianças quando não sabe lidar com elas?!
ResponderEliminarSabes que eu passo muito tempo em hospitais e tenho apanhado médicos de ume tremenda insensibilidade. Do pior que podes imaginar. E para mim, por melhor que sejam bons na parte científica, se não o são na parte humana, não são verdadeiramente bons médicos.
ResponderEliminarBem... esse senhor nunca teve filhos, nem sobrinhos, nem primos mais novos, de certeza! Que falta de tudo, eu no teu lugar não me aguentava e tinha de lhe responder.
ResponderEliminaré lamentável existirem ditos profissionais de saúde , com essas atitudes!fico parva com tremenda falta de sensibilidade!!! beijinho grande
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