quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vou falar de uma realidade que não conheço

Curiosamente ontem, enquanto fazia as minhas compras no supermercado, surgiu-me este tema para desenvolver convosco.
Enquanto me passeava pelos corredores ouvi uma "esposa" a pedir ao marido para comprar uma revista, o qual disse algo parecido como: "estás maluca? Queres comprar isso que só contam mentiras? Deixa-te disso!" Ela olhou para ele e seguiu-o...

Confesso que a minha mente naquele bocadinho parou e pensei: ela estava a pedir-lhe para comprar uma revista... pedir...
Nunca estive desempregada (graças ao senhor) e nunca soube o que era depender financeiramente de alguém (que não fossem os meus pais em tenra idade pois comecei "cedo" na labuta) e daí para mim isto me soar a surreal. Sempre decidi o que comprar, e mesmo depois de casada e apesar de passarmos a gerir uma contabilidade diferente, a realidade não se alterou.
Não falo de grandes compras, que essas (Claro!) são sempre decididas a dois mas falo de comprar algo inofensivo como uma revista ou "mariqueira" qualquer...
Não digo que seja uma escolha daquela mulher ter de pedir ao marido a autorização mas digo que é uma realidade que para mim é mesmo muito distante. Nunca tinha pensado nisto nestes moldes. Claro que esta situação também depende do tipo de cônjuge mas deve ser muito complexo viver sem poder de decisão.
Isto de depender financeiramente de alguém desta maneira não deve ser mesmo nada fácil...

A autonomia financeira deveria ser um direito de todos com a devida consciência de gestão.
Dito isto, hoje vou ser ainda melhor do que sou a fazer o que eu faço :) pois sou feliz e tenho de agradecer todos os dias.

24 comentários:

  1. Infelizmente ainda existem situações destas... deve ser mesmo horrível. Uma revista? Enfim...

    ResponderEliminar
  2. Se calhar ela até ganha mais do que ele, mas ele é o "chefe" de família! :P
    Há tantas e tantas realidades e possibilidades...
    bjs

    ResponderEliminar
  3. Primeiro: adoro essa foto. Segundo, é uma situação triste, não só pela dependência financeira da senhora (uma coisa é um homem ser protector e dar mimos se é o elemento com mais poder financeiro, outra é depender dele para tudo) mas sobretudo pela subserviência emocional. Se um casal acordou que um deles traz o dinheiro para casa e o outro cuida da mesma (como foi durante séculos)não tem de haver esse tipo de questões, mas uma gestão conjunta do orçamento, como foi até aos anos 60...
    A senhora é que se coloca numa posição de inferioridade ao "pedir" o que quer que seja, Mas a auto estima feminina era assunto para uma tese. Por outro lado, o senhor não deixa de ter uma certa razão ao querer elevar os hábitos de leitura lá em casa. Conheço um casal que se separou porque enquanto ele fazia por ter cultura, ela só queria novelas e revistas Maria...

    ResponderEliminar
  4. Bolas!
    Estou exactamente na mesma que tu, comecei a trabalhar super cedo e sempre fui independente. Não me imagino DE TODO a pedir pff a alguém e ainda para mais para coisas miseráveis como "uma revista".
    Já estive desempregada (o período mais difícil de toda a minha vida) durante 2 longos meses e se algum dia ele me dissesse "precisas pedir-me" acho que ficava tão magoada que saía de casa directamente.

    Sou uma sortuda então, mesmo nesses 2 meses nem carinho e compreensão tinha de pedir... era tudo de bom grado :)

    Felizmente que já voltei à rotina laboral (há muito tempo) e consegui retomar às minhas extravagâncias financeiras

    ResponderEliminar
  5. acredita que ainda ha mts casos assim.qd trabalhei no supermercado vi mt gente da minha geracao casada e com filhos e pensei "bolas eu aqui a tentar lutar por um emprego digno e so m saiem trabalhos precarios e a minha vida n anda p a frente, enquanto "estas" ja tem a vida formada..."ao aperceber-me q dependiam economicamente do marido, ou seja, ele levava a carteira pagava e ainda decidia o q levar ou n e s via algo q n gostava mandava tirar "n precisas disso alem disso e mt caro" entao ai eu vi o qt era feliz apesar de a minha vida n andar p frente mas prefiro depender dos meus pais do q d um marido....

    ResponderEliminar
  6. Totalmente de acordo.
    Deixaste.me a pensar num caso que conheço que é ainda mais extremo. No caso desse casal, a falta de autonomia não é só financeira, mas para toda e qualquer tomada de decisão. Ela quer uma roupa, ele é que lha vai comprar. Ele é que decide, ele é que escolhe, ele é que paga, ele é que reprova. Uns descartam o problema com um "oh, não ligues, é feitio" outros com "eles entendem.se assim". Mas a mim faz.me confusão.

    ResponderEliminar
  7. Por acaso desde que trabalho também sempre tive autonomia para fazer as minhas compras, e com o casamento isso não se alterou...
    Claro está que, como também dizes, as grandes compras são decididas a 2, mas mesmo enquanto a minha mulher esteve desempregada (que foi pouco tempo, felizmente) nunca teve que me pedir autorização para esse tipo de compras, e longe de mim negar-lhe autorização para tal coisa...
    É verdade que acho descabido o dinheiro gasto nessas revistas, mas ela também acha descabido o dinheiro que gasto em cerveja, ou material informático e nunca me proibiu a compra de nada...
    Vivemos a 2, mas tem sempre que existir um pouco de autonomia para não atingir extremos, porque é quando se chega ao extremo que as coisas se tornam insuportáveis...

    ResponderEliminar
  8. Acredita que é uma realidade bem mais real do que possas pensar, mmo em pessoas das quais não suspeitas sequer. A maior parte das vezes não por falta de dinheiro, mas por falta de auto-estima deixamos que nos façam isso.

    ResponderEliminar
  9. Olá,

    Eu acho que imagino uma ponta do que isso é, talvez pela minha própria forma de ser. Tenho 19 anos, é verdade que uma tenra idade, mas a necessidade de sentir que preciso de ter a minha identidade financeira já é sentida. Como sou estudante e continuarei a ser durante longos anos, a possibilidade de arranjar meios para isso é mais complicada, e como nunca fui de semanadas nem nada semelhante, qualquer coisa que queria tem de ser pedida aos pais.
    Como disses-te e bem, depende do tipo de relação do próprio cônjugue. Em casa a minha mãe é doméstica mas, mesmo assim, nunca senti que pelo meu pai ser o responsável financeiro, tudo não era de todos. :)

    Infelizmente, noutros núcleos familiares as coisas não funcionam tanto assim... o que acho bastante triste, como o caso que descreves-te. :|

    Beijos,
    Daniela Lopes.
    http://oneandonemillion.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  10. bem, para mim também é uma realidade bem distante. mas que é realidade para algumas pessoas é. mas que deve ser muito complicado estar nessa situaçao deve...

    beijinhos

    ResponderEliminar
  11. Estamos a falar de algo com um custo baixo. A resposta foi péssima. Não consigo compreender.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  12. Credo, que horror, isso é tão feio...

    ResponderEliminar
  13. A gestão financeira dum casal, deve de ficar decidida antes de viverem em comum, para não haver surpresas.
    Foi assim que fizemos e é assim que digo ás minhas filhas.

    ResponderEliminar
  14. Independentemente de ser só ele a ganhar, se são um casal o dinheiro é dos dois e nunca, nunca tem de se pedir nada... neste momento tenho o meu companheiro desempregado, o dinheiro que entra é só da minha loja (que é minha, e por ser minha é dos dois) e ele não me pede nada, claro, é nosso!

    ResponderEliminar
  15. Provavelmente é mesmo necessidade

    ResponderEliminar
  16. não sei em que tom o moço respondeu isso mas consigo imaginar o meu a responder algo do género se lhe pedisse uma Hola ou derivados. LOL mas isso também é porque acho exactamente isso de certas "revistas" :D

    ResponderEliminar
  17. Acho que neste caso, a questão fundamental é mesmo a falta de auto-estima e de dependência perante o marido. Realmente hoje em dia, vemos muito isso. Mulheres que trabalham, que deveriam ter a sua independência e o seu espaço, deixam-se controlar totalmente pelos maridos. E não estou a falar de pessoas mais velhas, mas sim e também da nossa geração. Estamos a divagar, é certo, uma vez que não conhecemos a realidade, mas pergunto-me, no caso de existir uma filha, quais os reflexos que este comportamento terá nela. Bjs

    ResponderEliminar
  18. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  19. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  20. Essa dependência por vezes é assustadora. Espero não me tornar numa pessoa dessas, porque por muito que gostemos da outra pessoa acho que é saudável mantermo-nos fiéis a nós mesmas e independentes.
    Já agora obrigada pelo comentário SAV :)

    ResponderEliminar
  21. Olá, também já estive desempregada e a depender do meu marido, mas nunca tive de pedir nada, pois o dinheiro está disponível para ambos, e se eu quisesse, era só ir comprar, o meu marido nunca me disse nada, mesmo que eu comprasse uma revista cor de rosa, acho isso do pior, nem sabia viver assim.
    Bjos doces

    ResponderEliminar
  22. Pode parecer uma realidade distante visto as mulhures de antigamente serem apenas donas de casa mas a verdade é que hoje em dia isso ainda acontece e não se deve apenas ao facto delas não trabalharem, em muitos casos o ordenado da mulher é controlado pelo homem. Eles são muito autoritários e elas muito submissas ... é uma realidade bem actual!

    Bjokas

    ResponderEliminar
  23. Eu estou contigo, essa é uma realidade que me deixa a pensar na vida e no que não quero para mim.

    ResponderEliminar

🦸‍♀️

24 comentários:

  1. Infelizmente ainda existem situações destas... deve ser mesmo horrível. Uma revista? Enfim...

    ResponderEliminar
  2. Se calhar ela até ganha mais do que ele, mas ele é o "chefe" de família! :P
    Há tantas e tantas realidades e possibilidades...
    bjs

    ResponderEliminar
  3. Primeiro: adoro essa foto. Segundo, é uma situação triste, não só pela dependência financeira da senhora (uma coisa é um homem ser protector e dar mimos se é o elemento com mais poder financeiro, outra é depender dele para tudo) mas sobretudo pela subserviência emocional. Se um casal acordou que um deles traz o dinheiro para casa e o outro cuida da mesma (como foi durante séculos)não tem de haver esse tipo de questões, mas uma gestão conjunta do orçamento, como foi até aos anos 60...
    A senhora é que se coloca numa posição de inferioridade ao "pedir" o que quer que seja, Mas a auto estima feminina era assunto para uma tese. Por outro lado, o senhor não deixa de ter uma certa razão ao querer elevar os hábitos de leitura lá em casa. Conheço um casal que se separou porque enquanto ele fazia por ter cultura, ela só queria novelas e revistas Maria...

    ResponderEliminar
  4. Bolas!
    Estou exactamente na mesma que tu, comecei a trabalhar super cedo e sempre fui independente. Não me imagino DE TODO a pedir pff a alguém e ainda para mais para coisas miseráveis como "uma revista".
    Já estive desempregada (o período mais difícil de toda a minha vida) durante 2 longos meses e se algum dia ele me dissesse "precisas pedir-me" acho que ficava tão magoada que saía de casa directamente.

    Sou uma sortuda então, mesmo nesses 2 meses nem carinho e compreensão tinha de pedir... era tudo de bom grado :)

    Felizmente que já voltei à rotina laboral (há muito tempo) e consegui retomar às minhas extravagâncias financeiras

    ResponderEliminar
  5. acredita que ainda ha mts casos assim.qd trabalhei no supermercado vi mt gente da minha geracao casada e com filhos e pensei "bolas eu aqui a tentar lutar por um emprego digno e so m saiem trabalhos precarios e a minha vida n anda p a frente, enquanto "estas" ja tem a vida formada..."ao aperceber-me q dependiam economicamente do marido, ou seja, ele levava a carteira pagava e ainda decidia o q levar ou n e s via algo q n gostava mandava tirar "n precisas disso alem disso e mt caro" entao ai eu vi o qt era feliz apesar de a minha vida n andar p frente mas prefiro depender dos meus pais do q d um marido....

    ResponderEliminar
  6. Totalmente de acordo.
    Deixaste.me a pensar num caso que conheço que é ainda mais extremo. No caso desse casal, a falta de autonomia não é só financeira, mas para toda e qualquer tomada de decisão. Ela quer uma roupa, ele é que lha vai comprar. Ele é que decide, ele é que escolhe, ele é que paga, ele é que reprova. Uns descartam o problema com um "oh, não ligues, é feitio" outros com "eles entendem.se assim". Mas a mim faz.me confusão.

    ResponderEliminar
  7. Por acaso desde que trabalho também sempre tive autonomia para fazer as minhas compras, e com o casamento isso não se alterou...
    Claro está que, como também dizes, as grandes compras são decididas a 2, mas mesmo enquanto a minha mulher esteve desempregada (que foi pouco tempo, felizmente) nunca teve que me pedir autorização para esse tipo de compras, e longe de mim negar-lhe autorização para tal coisa...
    É verdade que acho descabido o dinheiro gasto nessas revistas, mas ela também acha descabido o dinheiro que gasto em cerveja, ou material informático e nunca me proibiu a compra de nada...
    Vivemos a 2, mas tem sempre que existir um pouco de autonomia para não atingir extremos, porque é quando se chega ao extremo que as coisas se tornam insuportáveis...

    ResponderEliminar
  8. Acredita que é uma realidade bem mais real do que possas pensar, mmo em pessoas das quais não suspeitas sequer. A maior parte das vezes não por falta de dinheiro, mas por falta de auto-estima deixamos que nos façam isso.

    ResponderEliminar
  9. Olá,

    Eu acho que imagino uma ponta do que isso é, talvez pela minha própria forma de ser. Tenho 19 anos, é verdade que uma tenra idade, mas a necessidade de sentir que preciso de ter a minha identidade financeira já é sentida. Como sou estudante e continuarei a ser durante longos anos, a possibilidade de arranjar meios para isso é mais complicada, e como nunca fui de semanadas nem nada semelhante, qualquer coisa que queria tem de ser pedida aos pais.
    Como disses-te e bem, depende do tipo de relação do próprio cônjugue. Em casa a minha mãe é doméstica mas, mesmo assim, nunca senti que pelo meu pai ser o responsável financeiro, tudo não era de todos. :)

    Infelizmente, noutros núcleos familiares as coisas não funcionam tanto assim... o que acho bastante triste, como o caso que descreves-te. :|

    Beijos,
    Daniela Lopes.
    http://oneandonemillion.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  10. bem, para mim também é uma realidade bem distante. mas que é realidade para algumas pessoas é. mas que deve ser muito complicado estar nessa situaçao deve...

    beijinhos

    ResponderEliminar
  11. Estamos a falar de algo com um custo baixo. A resposta foi péssima. Não consigo compreender.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  12. Credo, que horror, isso é tão feio...

    ResponderEliminar
  13. A gestão financeira dum casal, deve de ficar decidida antes de viverem em comum, para não haver surpresas.
    Foi assim que fizemos e é assim que digo ás minhas filhas.

    ResponderEliminar
  14. Independentemente de ser só ele a ganhar, se são um casal o dinheiro é dos dois e nunca, nunca tem de se pedir nada... neste momento tenho o meu companheiro desempregado, o dinheiro que entra é só da minha loja (que é minha, e por ser minha é dos dois) e ele não me pede nada, claro, é nosso!

    ResponderEliminar
  15. Provavelmente é mesmo necessidade

    ResponderEliminar
  16. não sei em que tom o moço respondeu isso mas consigo imaginar o meu a responder algo do género se lhe pedisse uma Hola ou derivados. LOL mas isso também é porque acho exactamente isso de certas "revistas" :D

    ResponderEliminar
  17. Acho que neste caso, a questão fundamental é mesmo a falta de auto-estima e de dependência perante o marido. Realmente hoje em dia, vemos muito isso. Mulheres que trabalham, que deveriam ter a sua independência e o seu espaço, deixam-se controlar totalmente pelos maridos. E não estou a falar de pessoas mais velhas, mas sim e também da nossa geração. Estamos a divagar, é certo, uma vez que não conhecemos a realidade, mas pergunto-me, no caso de existir uma filha, quais os reflexos que este comportamento terá nela. Bjs

    ResponderEliminar
  18. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  19. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  20. Essa dependência por vezes é assustadora. Espero não me tornar numa pessoa dessas, porque por muito que gostemos da outra pessoa acho que é saudável mantermo-nos fiéis a nós mesmas e independentes.
    Já agora obrigada pelo comentário SAV :)

    ResponderEliminar
  21. Olá, também já estive desempregada e a depender do meu marido, mas nunca tive de pedir nada, pois o dinheiro está disponível para ambos, e se eu quisesse, era só ir comprar, o meu marido nunca me disse nada, mesmo que eu comprasse uma revista cor de rosa, acho isso do pior, nem sabia viver assim.
    Bjos doces

    ResponderEliminar
  22. Pode parecer uma realidade distante visto as mulhures de antigamente serem apenas donas de casa mas a verdade é que hoje em dia isso ainda acontece e não se deve apenas ao facto delas não trabalharem, em muitos casos o ordenado da mulher é controlado pelo homem. Eles são muito autoritários e elas muito submissas ... é uma realidade bem actual!

    Bjokas

    ResponderEliminar
  23. Eu estou contigo, essa é uma realidade que me deixa a pensar na vida e no que não quero para mim.

    ResponderEliminar

🦸‍♀️