
 
Será que isto existe? 
A mãe perfeita, a mãe saída de um livro de contos de fadas ou mesmo destes livros sobre crianças... Mães calmas e ternas que nunca gritam e raramente castigam pois existe sempre uma explicação para tudo?
Eu gosto de ler estes livros onde falam das várias etapas de uma criança, mãe de primeira viagem, eu sei! Gosto de aprender cada vez mais um pouco e tentar entender este ou aquele sinal que ela me possa estar a tentar transmitir. É sempre melhor ouvir falar, quem a experiência é aliada há diversos anos.
Mas confesso que sempre que leio um capítulo fico com um sentimento de frustração escondido atrás da orelha. Não consigo pôr em prática as acções patrocinadas por um qualquer xanax que por lá são descritas. 
Não consigo ter um sorriso nos lábios quando ela me desobedece e tentar explicar o porquê das coisas como se de uma aula se tratasse. Gostava que a palavra Não estivesse menos presente no meu vocabulário mas já tentei sinónimos e não resulta. Tentei explicar a teoria da conspiração dos mundos para que perceba que não deve fazer isto ou aquilo pois vai se magoar. Sem resultados.
Está confirmado que adora desafiar-me e fazer tudo ao contrário daquilo que eu (pacientemente) lhe explico (seguindo todos os manuais de etiqueta e calmaria materna). Saiu pior que a sua santa mãe, eu, portanto. 
Acho que me vou encharcar de Alprazolam para que baixe em mim a névoa do "está tudo bem" e me chateie menos com as asneirolas dela.
Ou então, vou contratar estes pediatras cá para casa pois tenho muito para aprender, só pode! Suspeito que mesmo eles só atingiram este nível de calmaria já os filhos tinham 30 anos...
 
 
Estou a tirar o curso de educadora de infancia e tenho este livro, como ainda não sou mãe tem dado uma grande ajudar a tentar perceber certas coisas.
ResponderEliminarOhh SAV, com o tempo tudo se ajusta. E não tens de ser de ferro de forma alguma.
ResponderEliminarComo mãe de uma menina de 2 anos, isto soa-me muito familiar. Constantemente várias pessoas me dizem: "ah pois, esta fase é terrível! mas passa-lhe, aproveita agora porque são os melhores anos!" Também eu, depois de ler livros do género e de ouvir estas coisas penso: Se estes são os melhores anos, nem quero pensar como serão os piores!
ResponderEliminarÉ muito complicado depois de um dia inteiro de trabalho, onde a energia já se foi, ter que lidar com uma criança ainda com mais energia do que aquela com que eu acordo de manhã mas já a ficar algo rabugenta porque está cansada e o sono já espreita. Muitas vezes penso que em vez de comer comida, eu devia ingerir kilos de paciência porque ela já se me esgota por todo o lado.
Gosto de ler estes livros como guias, para tirar ideias, mas nunca para os seguir à risca, caso contrário se não ficasse paranóica de um lado, ficava do outro.
És humana, perfeitamente natural que de vez em quando percas a calma.
ResponderEliminarEu, ao contrário de ti, não leio esse tipo de livros, recuso-me!
ResponderEliminarE também gostava que a palavra NÃO não fosse a mais usada na minha comunicação com ela, mas infelizmente NÃO dá!
A teoria parece muito bonitinha e infalível. MAs, como podemos ver, a na prática não é bem assim. E é normal pq somos pessoas e nem sempre estamos bem-dispostas, bem-humoradas. Uns dias achamos piada, noutros respiramos fundo e noutros salta-nos logo a tampa. O importante é que sentimos estar a fazer o correcto e, no final, vemos que temos uma criança feliz. ;)
ResponderEliminarTambém leio muito, como ajuda e ponto de orientação. MAS, não me deixo levar por "palavras bonitas". Se calhar quem escreve estes livros tem verdadeiras pestes em casa! LOOOL
Beijos
estou com a Pepper, a esses livros digo "thanks but no thanks" :)
ResponderEliminardigo "não" se for preciso e as vezes que achar necessárias. a paciência às vezes... muitas vezes, é testada (e abusada) mas no geral, sei que tenho um exemplar tranquilo q.b. lá por casa e que ainda consegue ser convencida com uma boa conversa e meia dúzia de palhaçadas :D
e acho mesmo esta fase dos 3 uma verdadeira delícia!
Sav, realmente na prática tudo se torna mais difícil, e as nossas crianças conseguem por vezes levar-nos à exaustão plena em alguns segundos, é preciso ter mesmo muita paciência e usar (tem mesmo de ser, eu tb não queria, mas), a palavra NÃO!
ResponderEliminarO importante acho que é mesmo o facto de sabermos que damos o nosso melhor, e que eles são felizes!
:D
Cada um é pai/mãe à sua maneira, e não quer dizer que só porque não ralha com os filhos sejam bom nesse papel.
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