Não conhecia esta crónica da Sofia Anjos no Público mas confesso que me diverti imenso ao ler os seus textos. Concordo com a Sofia que na maternidade falta muito sentido de Humor.
É como se houvesse um manual virtual onde estão os dogmas da maternidade, uma espécie de biblia maternal com a qual não se pode ser irónica.
Não encaro a maternidade com esta rigidez, claro que muitas vezes, sinto-me a pior mãe do mundo "porque isto ou aquilo" mas cada uma é como cada qual e não temos de ser todas iguais. Aliás, se os nossos filhos são todos diferentes uns dos outros porque raio temos nós de ser todas mães iguais?
Costumo brincar quando me dizem a frase feita de que a "m* dos nossos filhos não nos cheira mal" e eu digo: desculpem lá, a da minha filha cheira-me bem mal!!! A única diferença da dos outros, é que esta sou eu que a tenho de limpar.
Há o expectável da maternidade, e depois existimos nós que temos de aprender a ser mães, e educar e formar um ser para a vida e ainda por cima nem sequer podemos ironizar a coisa.
Tudo tem de ser mágico e dentro dos padrões standard da grande comunidade maternal... eh pá, mas não é! Há dias para tudo, para me queixar, me descabelar e momentos para desejar estar sózinha e tratar de mim. Sair com as amigas e não me sentir culpada pois sou mãe mas também sou mulher. E gosto muito!
E assumir que estamos bem só com um filho e que não queremos ter mais. Assim como assumir que não se quer ter filhos, ou não se quer amamentar a criança. Mas por que raio temos de fazer tudo como os outros acham que é o expectável? A vida é de quem? Quem lá está nos tempos dificeis? São as pessoas que apontam o dedo? Claro que não! Nessas alturas, cada um na sua vida... temos pena.
Então está explicado nesta única frase: "Cada um na sua vida, sem fundamentalismos, nem dogmas." Somos todos diferentes!