Na vida todos sempre ambicionamos o sucesso. De preferência em todos os campos mas hoje falo do campo profissional.
Desde que me lembro como gente em idade maior, sempre trabalhei, enquanto estudava e até aos dias de hoje (felizmente sempre tive empregos). Sempre lutei pelo que tenho e "cenas" caídas do céu nunca encontraram o meu quintal. Não me queixo, at all! Gosto de estar activa, gosto de ser independente, gosto da minha vida.
Apesar disto tudo nunca tive uma ambição desmedida de poder, de chegar ao topo, de sacrificar a minha vida em troca do topo. São escolhas! Compreendo perfeitamente essas escolhas e respeito mesmo muito e aliás admiro! Mas apesar disto, não me identifico e prefiro acreditar que um dia destes ganharei o Euromilhões que me vai pôr a conta recheada... até lá gosto mesmo da minha vida como está.
Minto! Já gostei mais...
Desde da maternidade que sinto cada vez mais necessidade de tempo.
Tempo para me dedicar ao mais importante, tempo para aproveitar o bom da minha vida.
E é agora que nos pedem para trabalhar cada vez mais, mais horas e sempre com o menos proveito para nós, claro!
Passo demasiado tempo com realidades opostas à nossa, onde realmente se trata a maternidade como algo estrutural para a sociedade. Onde se compreende que criar novos elementos para a sociedade é algo tão importante como outro qualquer emprego dentro de quatro paredes.
Detesto me sentir "culpada" por ter de acompanhar a minha criança na doença ou como se me estivesse a pedir algo que não tivesse direito. Não sou mais produtiva por passar mais horas no local de trabalho e atenção, gosto mesmo do trabalho que faço no dia a dia.
A verdade é que "eles" (a norte da Europa) têm um nível de produtividade maior que o nosso e não é ao mero acaso.
O pior é que nem na velhice, pois até lá (se chegar vivinha) nem reforma terei e talvez terei de trabalhar até ao dia do meu funeral. E pelo andar das coisas, nem a mordomia de estar morta deitada à espera do funeral, vou ter...
É um direito nosso!
ResponderEliminarÉ verdade que a mentalidade é bem diferente pelo menos na Alemanha, por vezes atingindo outros extremos que na minha opinião também não são uma coisa boa.
ResponderEliminarMas é triste ver como em Portugal se dá tão pouco valor ao facto de se ter filhos, onde ficar em casa porque um filho está doente é visto como algo que os patrões tentam a todo o custo evitar.
Beijinhos grandes
Sem dúvida que tempo é o que todos sentimos falta quando olhamos para trás e pensamos que devíamos ter dado mais, falado mais, abraçado, sorrido, etc.
ResponderEliminarMas o passado já lá vai, devemos é ser melhores no futuro :)